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sábado, 14 de abril de 2012

Aborto

Estranha-me este mundo masculino. Como pode um tema extremamente, não unicamente,feminino ser abordado pelo prisma da cosmovisão masculina. A gravidez depende do masculino e do feminino, mas é na mulher que se desenvolve a gestação. É o corpo da mulher que se torna moradia no plano físico.É o corpo feminino que se altera, deforma e/ou sublima. É nele que a vida se nutre. No emocional, é dela, exclusivamente, não só a beleza e a responsabilidade de um desenvolvimento de vida, mas também a angústia da espera, o medo do desconhecido, a ansiedade de uma nova experiência que se funda na dor física. O corpo que guarda um feto sem possibilidade de vida cerebral é, antecipadamente, um caixão.
Estranha-me mais ainda o apelo piegas da religiosidade. Que Deus é esse que há de querer que seres humanos cheguem ao sob a égide da dor?
Religiões devem ater-se à fé, ao amor, à paz, à fraternidade.
Os homens com poder de decisão, deveriam ter a humildade de ouvir o universo feminino neste tema.

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