Total de visualizações de página

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A África e o currículo escolar



O papel da Educação, enquanto ciência, é, também, formar e alicerçar o cidadão consciente de seu desempenho na coletividade, conhecedor da sua origem e da sua história.
A questão africana permanece excluída do currículo básico da escola brasileira. A integração dos assuntos africanos e afro-brasileiros ao currículo escolar é insuficiente , apesar dos esforços institucionais. Baseado no eurocentrismo, o processo pedagógico não reconhece a criança afro-brasileira porque não reflete a sua face e a de sua família, gerando o desconhecimento da experiência histórica, filosófica e cultural da maioria brasileira de origem africana que constitui um dos alicerces da civilização e da identidade nacional.
Nesse sentido, o fato de maior destaque é a promulgação da lei nº 10.639 em 9 de janeiro de 2003, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira no ensino básico, níveis fundamental e médio.
Os professores de história e literatura, destacados como principais agentes para a sua aplicação, não tiveram, salvo raras exceções, contato com tais temas. Existem, ainda, lacunas nos currículos da maioria das universidades brasileiras no que diz respeito ao estudo da história da África e da cultura afro- brasileira, portanto cursos dessa natureza fazem-se urgentes. Assim sendo, como ficam os estudantes do ensino fundamental e médio?
O ensino religioso que algumas escolas adotam não abordam as religiões africanas. Os cursos de Teologia preparam para a consolidação do cristianismo. No Brasil, a influência africana é preponderante, mas socialmente desqualificada.
Nossa escola é elitista, Busca modelos americanos do norte e europeus.
Pensar sobre o assunto é dever de todos.

Nenhum comentário: