Não é só na medicina, na advocacia, na odontologia e na engenharia que o título de doutor é pertinente. A rigor, o bacharel, o especialista, o mestre não são, a rigor, doutores. Mas, o uso do cachimbo faz a boca torta.O uso popular consagra. O consagrado pelo povo é inconteste. É sagrado.
Ter os títulos de mestre e de doutor é uma necessidade do mercado. Não é uma busca espontânea, uma necessidade de conhecer a si mesmo para uma melhor compreensão existencial.
Admiro-os. Respeito a tenacidade que tiveram para obter o título. Só quem passou por isso sabe o que é um orientador de dissertação do mestrado e/ou da tese do doutorado. Trata-se de um período de pesquisa, leituras e (re)leituras, escritos e (re)escritos, um ir e vir sem fim. Uma dor e uma angústia densas. Há muito choro e pouco riso. Terminado este período, há a defesa da dissertação e/ou da tese. Uma banca é formada e começa o questionamento do trabalho apresentado. Um achismo sem fim. Finalmente, o título.
Fica um questionamento: para quê?
Com raras excessões, sem generalizar é claro, os egos inflam-se. O saber, titulado ou não, é instrumento para a melhoria da qualidade da vida interior.Tornar-se um ser humano melhor, capaz de interagir com o semelhante é o princípio que norteia a ciência da educação em qualquer área do conhecimento .
O saber titulado, inflador do ego, agente da vaidade é inócuo, inválido, beira a idiotia. Principalmente, quando é patrocinado pelo ensino público, pago com nossos impostos.
É dever nosso, contribuintes, prestar mais atenção na formação destes mestres e doutores.
Qualquer ego inflado merece o desprezo. Merece ser defenestrado.
Um comentário:
Jandira, pegando carona em suas reflexões, aproveito para complementar:
"Se não for paa ampliar e aplicar os novos conhecimentos, não apenas nas rodas acadêmicas, mas, principalmente na roda do mundo.
E, se não for assim, sóme resta perguntar: - A que título nos servirá qualquer título?
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