Total de visualizações de página

sábado, 27 de julho de 2013

Quando Antonio da Costa e Silva,português, guitarrista, fadista, assobiador, meu pai e avô de Flavio Corrêa de Mello morreu em 24/04/1999, Flávio, o neto poeta, escreveu, no dia seguinte, este texto que traduz a saudade digna que dele, até hoje, sentimos:
Sabiá
Velho sabiá, por onde andas?
Aqui, comigo, sua falta faz.
Tua velha , crioulo.
Anda com teu assovio na cabeça.

Velho sabiá,
olha que Santo Antonio
é protetor da casa,
olha que as estrelas
carregam teu nome.
Olha que a guitarra
vez em quando
arranha lágrimas
na canção da Madragoa

Velho sabiá
sorri criancices
lá na pontinha do céu
e de lá, ele jorra com força
dignidade e transparência
que sempre lhe apeteceu
uma cachoeira de luz
que nos afoga, ainda mais,
em melancolia e ausência...

Nenhum comentário: