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quinta-feira, 28 de junho de 2012

A lei das"sacolas plásticas" distribuídas nos supermercados é patética, Somente os menos ligados não perceberam a grande negociação ( ou negociata?) entre os supermercados e o legislativo. É lei que só favorece aos donos do negócio já prevendo os lucros com a venda das sacolas " ecologicamente corretas" e a economia na não compra das sacolas plásticas fornecidas ao consumidor. Sabemos que o gasto com sacolas plásticas está embutido nos preços dos produtos. Nesta lei, não houve nenhum benefício para o consumidor, nenhuma redução de preços. Houve, para o consumidor, só mais uma aquisição - a  das tais "sacolas corretas" (?!). E os "ecologicamente ingênuos" acreditaram, sequer raciocinaram. Nem notaram que os sacos plásticos para o lixo continuam nas prateleiras dos mercados para vender

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Parece-me que ecologia e capitalismo caminham juntos. As crianças repetem salvem o planeta e sequer sabem o que isto significa. Ninguém diz parem a produção de carros, de artefatos bélicos, de aparelhos eletro/eletrônicos e nem podem dizer porque causaria desemprego em massa. Mas, o revoltante mesmo é a imprensa divulgando a imagem destas crianças e adolescentes repetidoras do senso comum.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O meu voto no Partido dos Trabalhadores

Como todos os partidos, o PT tem defeitos. Mas quando se trata de política e voto, devemos estar atentos às propostas partidárias e àquelas que podemos considerar " as menos piores". Segundo Waldir Pires, o mensalão existe, como prática política, há mais de 40 anos. Atribuir ao PT esta prática é parte do jogo da oposição a qualquer partido que esteja no comando. Nunca entendi que uma proposta do PT fosse o voto de pobreza. Nesse sentido, o PT caiu na própria armadilha. As diferenças na valorização de pessoas que integram uma mesma sociedade baseiam-se nos “méritos” daquele que venceu na vida graças à determinação na perseguição de metas e com dotes intelectuais privilegiados que lhe permitiram o sucesso. Do outro lado estaria, para um certo pensamento elitista , o indivíduo sem ambição, de objetivos tacanhos, incapaz de mover-se e elegendo a passividade como postura fundamental e que, em consequência, deve viver as merecidas dificuldades . Para quem assim entende, é natural que haja poucos ricos e muitos pobres no mundo. Existe um aparato político-ideológico que se arma, nas sociedades capitalistas (ditas democráticas), para garantir a perpetuação das elites e condena à estagnação os “mal nascidos” quando se trata com descaso a saúde e a educação dos mais pobres. Não argumento, essencialmente, o que é ser de direita e/ou de esquerda. Considero-me uma pessoa de esquerda porque me julgo incapaz de aceitar esse mundo de desigualdades tão gritantes. Por isso, estarei sempre onde estiverem as políticas sociais que busquem minimizar esse brutal descompasso social.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ignorância e Sta Paciência

Não há nada pior que encontrarmos pessoas repetidoras do senso comum. A ignorância gera a falta de senso crítico e o raso pensamento. A imprensa, especialmente, o PIG insiste na desmoralização da instituiçoes nacionais e o raso pensamento repete o que ouve ou lê longe de qualquer reflexão. CPI virou moda, mas não solução. Agora a bola da vez é Ideli Salvatti e compra de barcos para a Secretaria de Pesca. Novidade seria a compra de ferraris para a pesca. Por isso, continuo por aqui pedindo luz à Sta Paciência e a compreensão dela para a sta ignorância.

sábado, 14 de abril de 2012

Aborto

Estranha-me este mundo masculino. Como pode um tema extremamente, não unicamente,feminino ser abordado pelo prisma da cosmovisão masculina. A gravidez depende do masculino e do feminino, mas é na mulher que se desenvolve a gestação. É o corpo da mulher que se torna moradia no plano físico.É o corpo feminino que se altera, deforma e/ou sublima. É nele que a vida se nutre. No emocional, é dela, exclusivamente, não só a beleza e a responsabilidade de um desenvolvimento de vida, mas também a angústia da espera, o medo do desconhecido, a ansiedade de uma nova experiência que se funda na dor física. O corpo que guarda um feto sem possibilidade de vida cerebral é, antecipadamente, um caixão.
Estranha-me mais ainda o apelo piegas da religiosidade. Que Deus é esse que há de querer que seres humanos cheguem ao sob a égide da dor?
Religiões devem ater-se à fé, ao amor, à paz, à fraternidade.
Os homens com poder de decisão, deveriam ter a humildade de ouvir o universo feminino neste tema.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Miscelâneas e Tonterias da Jandira: Solegria

Miscelâneas e Tonterias da Jandira: Solegria: Sempre teve medo da palavra solidão, talvez, por isso, fantasiava-se de alegria, palavra da qual não tinha medo. Fazia do humor a sua arma p...

Solegria

Sempre teve medo da palavra solidão, talvez, por isso, fantasiava-se de alegria, palavra da qual não tinha medo. Fazia do humor a sua arma para o viver e cercava-se de gente, mas evitava a intimidade do eu que há nas "gentes". Na verdade, negava o seu próprio eu.
Estudou,trabalhou, namorou, casou, pariu. Fez tudo como ditam as regras sociais. Sempre se perguntando o porquê e para quê de tudo isso. A rotina do viver dia-a-dia sempre a conduzia a essas interrogações.
1-Por que estudar? ...?...? Enfim as respostas:para conhecer-se, descobrir caminhos, compreender-se e estabelecer seus parâmetros;
2- Por que trabalhar?...?...? Para descobrir o prazer da independência financeira e concluir que pagar pelo seu próprio pão com manteiga não tem preço;
3- Por que namorar e casar?...?...? Pela procura do amor aprendido nos filmes açucarados de hollywood e/ou nos romances tão igualmente açucarados e, nessa procura, aprender os conceitos de realidade e de ficção. Estabelecendo, vivenciando e contrapondo os conceitos, aprende e compreende que muitas dessas relações mascaram o tal medo da palavra solidão;
4- Por que parir? Sem reticências, sem interrogações. Ser mãe é fato incontestável, não há retorno. Revela-se, para ela, a dependência emocional da condição feminina da Mãe em relação aos filhos.
Depois de estudar, trabalhar, casar mais de uma vez, cercar-se de "gentes", buscar pelo amor romanesco,dançar, rir e chorar, viu-se sozinha.
Novo aprendizado: o de perder o medo da tal solidão. O primeiro passo foi compreender o conceito de solidão. Observa o comportamento das pessoas, analisa seu próprio comportamento e compreende que, apesar do medo e dos vários processos de fuga, sempre foi um ser solitário. Neste momento da sua existência, aprendeu que, apesar de seus feitos e desfeitos, poucas pessoas a conheciam e nem ela se conhecia.
Sempre foi tida como um ser "politicamente incorreto". Declarava abertamente que não gostava de animais, de plantas, de crianças e que ser mãe não era a maravilha que o cristianismo intentava/intenta impor. Os seres vivos geram dependências e cuidados e qualquer dependência física a incomodava. Para a dependência emocional tinha paciência, mas pouca. Reconheceu ser a impaciência a sua constante marca e que era incapaz de sentir compaixão pelo ser humano. Compreender o humano conseguia, compadecer-se não.
Ao reconhecer-se insegura, medrosa e solita, perdeu o temor da solidão que permeia a existência e descobriu a alegria do estar só. Ser só todos nós somos e assim perdeu o medo da palavra solidão e fundiu as duas sensações numa só/solegria.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Miscelâneas e Tonterias da Jandira: Táxi para "idoso" já.

Miscelâneas e Tonterias da Jandira: Táxi para "idoso" já.: Há alguma coisa ilógica no ar. Em verdade vos digo, não entendo bem essa história de idoso, 3ª idade e a tal da melhor idade. Nascemos e mor...

Táxi para "idoso" já.

Há alguma coisa ilógica no ar. Em verdade vos digo, não entendo bem essa história de idoso, 3ª idade e a tal da melhor idade. Nascemos e morremos e ponto final. O governo, com os nossos tributos, paga a passagem de ônibus e metrô para aqueles que tem mais de 65 anos. As prefeituras e o estado pagam às empresas particulares, até aí está tudo certo. Todavia, entrar num metrô cheio e em um ônibus que mal se consegue subir não é benefício nem prêmio pelo reconhecimento pelos tributos que as pessoas com mais de 65 já pagaram, Confesso, também, que não entendo o critério para este número - 65. Pretendo compreender que seja pela a idade mínima para aposentadoria e pelos anos de contribuição previdenciária.
Ora pipocas!!!! Se aos 65 somos "idosos", deveríamos ter direito ao táxi. O governo pagaria 50% e os seres humanos acima de 65 pagariam os outros 50%. Os que não quisessem contribuir com os 50% continuariam espremidos no metrô e/ou sacolejados nos ônibus com o mau humor dos motoristas.
Alguns ainda pensam que isso é um benefício e dizem:" assim que fizer 65 andarei de graça no ônibus e no metrô". De graça?!?! Inativos ainda descontam a contribuição previdenciária. E ademais, depois que inventaram o botox, nem injeção na testa é de graça!!!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Miscelâneas e Tonterias da Jandira: Não me contem segredos

Miscelâneas e Tonterias da Jandira: Não me contem segredos: Esta crônica que aqui transcrevo foi publicada no jornal O Sul e escrita por Wanderley Soares. A escrita deste jornalista policial é marcad...

Não me contem segredos

Esta crônica que aqui transcrevo foi publicada no jornal O Sul e escrita por Wanderley Soares.
A escrita deste jornalista policial é marcada por uma análise angustiante e profundamente humana do nosso sentir o viver. Aqui em tom poético fala da angústia do ser detentor do segredo. Para ele, o segredo é aventura e dor. Trata-se de um belo texto.



Não me contem segredos.

A aventura de guardar um segredo é dolorosa. Ela, a aventura, é sedutora e esvoaçante. Ele, o segredo, é silencioso e irascível. É o torturador silencioso de seu guardador. Seus planos de fuga não lhe trazem angústia por ser dono da certeza de sua fortaleza. Descansa no fundo de sua cela apenas a observar os nossos movimentos. É um companheiro enganoso, inspirador de histórias tenebrosas, fazedor de intrigas. Quando fala, busca nos convencer de sua pequenez, de que nada acontecerá se abrirmos as portas de seu cubículo livrando-o dos grilhões.

Quem nos busca para acolher um segredo, a nós entrega um pensamento vivo. Ao alojá-lo, acreditamos que o melhor caminho será o de esquecê-lo, pois que o tempo o tornará, pouco a pouco, em cinzas. No entanto, o tempo é exatamente o seu alimento maior. Cresce a cada dia com maior ímpeto e, passo a passo, perturba o sono, ronda encontros, enfia-se numa melodia amiga, faz arder a garganta. Vigiado, torna-se obstinado e incansável vigilante. E tanto mais montamos nossa guarda, mais doentios são os seus ardis em busca de ser livre para nos deixar só.

Aceitar de alguém a guarda de um segredo, de um plano que viola os costumes da vila, que revela um passado temerário ou projeta um futuro que fere as bulas da lei, é permitir a entrada em nossa casa de um espectro que, lentamente, tentará verter pelos nossos poros, dominar nossos passos e mudar a direção de nossos olhos. Tanto mais intenso o seu silêncio, uma ânsia maior teremos por gritar. Tanto menor os seus sussurros, mais tenebrosos serão os ruídos de nossos pensamentos. Quem nos entrega tal prisioneiro, a nós deixará encarcerados.

A experiência que temos com os segredos prisioneiros começa bem cedo, quando não sofremos tanto por termos um estado de energia completo. E, afinal, se o prisioneiro foi por nós criado, temos a sensação de poder dominá-lo. No entanto, com o passar dos anos, acontece de, num encontro ocasional, sermos levados a vasculhar nossos guardados e lá encontrar coisas pequenas e sinistras, desde as paixões e ódios clandestinos até os planos de fuga com o primeiro circo. Mas são segredos nossos que aprendemos a tratar como feras gradeadas.

Não, não me peçam para guardar segredos, pois me basta a guarda dos meus por não confiar nem mesmo nos que se dizem confessores. O segredo alheio andeja em nossas veias como um veneno incapaz de nos tirar a vida, mas que se delicia em nos assombrar como passos de quem não podemos ver, mas que ronda as nossas noites. Não me falem em segredos. Contem-me apenas as coisas que para todos eu possa contar. Basta-me tratar das feras que alimento nos porões da minha alma. Não me contem segredos, pois tenho medo de ser capaz de guardá-los.


domingo, 7 de agosto de 2011

Miscelâneas e Tonterias da Jandira:

Miscelâneas e Tonterias da Jandira:

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: "O mar, o tempo e leituras Algumas vezes ao lermos textos diversos nos deparamos com algumas expressões que nos remetem à reminiscênci..."

Miscelâneas e Tonterias da Jandira: Insensato Coração a insensatez de quem conseguiu a...

Miscelâneas e Tonterias da Jandira: Insensato Coração a insensatez de quem conseguiu a...: "Parece que o tal coração insensato é personificado pela Norma, personagem vivido pela excelente atriz Glória Pires.Nesta novelinha, contudo,..."

Insensato Coração a insensatez de quem conseguiu acompanhar e reza para terminar

Parece que o tal coração insensato é personificado pela Norma, personagem vivido pela excelente atriz Glória Pires.Nesta novelinha, contudo, excelentes atores e atrizes perderam-se diante de tanta mediocridade, Lázaro Ramos, Camila Pitanga, Antônio Fagundes, Nathália Timberg, Natália do Vale etc todos sem a devida expressão de seus talentos. O casal protagonista - Marina e Pedro - não são mais chatos e inexpressivos por falta de espaço. É tanta insensatez que só os personagens caricatos - Bibi, Douglas e tia Nenê - merecem alguma atenção.
Mas como todo ser humano tem o direito de errar, há que se perdoar esta novela de Gilberto Braga. Afinal, ele já nos presenteou com obras primas ótimas na arte de novelas televisas.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Piedade para os homens ?!?!?!. Será?

É obtusa a referência sobre as diferenças entre homem e mulher. Obtusas também são as expressões:" os homens são assim, as mulheres são assado" ou ainda, " isso é coisa de homem" ou "quem vai entender as mulheres?" Por motivos culturais e biológicos o homem e a mulher percebem a existência do ser, do existir e do viver de formas distintas, essa distinção, porém só enriquece a vida com a finalidade da complementação. Homens e mulheres completam-se. Homens e mulheres são apenas seres humanos que amam, (des)amam, odeiam, (des)odeiam, choram, riem. Não há diferenças nas emoções básicas que norteiam o existir. Assim reflito sobe a crônica do jornalista Wanderley Soares cujo título é" Perdão para a mulher" e foi publicada no jornal O Sul. Segue o texto:

"Perdão para a mulher.

Acompanho as pessoas que passam pela vida com a displicência de quem dança uma valsinha.

A catálise que desencadeia um crime de sangue é um processo que me fascina e, mais do que outros, os casos passionais. Busco observar cada um dos movimentos que envolvem esta implosão humana. Vez por outra sou levado a voltar a este tema sempre com a tentativa de esquivar-me das definições e da linguagem insípida de profissionais que tratam, com frieza e distanciamento técnico, cada caso diferente com os mesmos códigos. Não questiono a visão de peritos, psicólogos, psicanalistas, policiais ou juristas que devassam o relacionamento das pessoas desde a primeira chama ao momento do incêndio final. No entanto, minha visão é a do neófito, sempre tolhido pela emoção.

Acompanho as pessoas que passam pela vida com a displicência de quem dança uma valsinha, preocupadas apenas com seus pares. Há nelas alguma habilidade, coordenação motora, ritmo respiratório, leveza de movimentos. Mas as regras não são complexas nem profundas, pois a valsinha, como o vento leve, é fácil de se acompanhar, de levar e ser levado. E são exatamente essas pessoas, viajantes dóceis na condução ou na obediência de seus pares, que, de um salto, são tomadas pela fúria passional. Raramente, antes da inteira conquista, aparentam ser nascentes da força de onde ascenderá e acenderá a grande e incontrolável erupção.

O oferecimento de emoções mais fortes, inadiáveis e nunca latentes parecem pertencer a um raro tipo de personalidade, cuja simples presença desencadeia reações místicas, quase que inexplicáveis. Percebemos isso na política, nos religiosos, na magistratura, entre militares. Nessas confrarias, os movimentos de um avatar ativam e submetem os senti-dos de seu grupo. Nesses cleros, testemunhamos, são exclusivos os mistérios dos caminhos a serem percorridos e, exatamente por isso, são poucos os que completam todos os percursos. Aqueles que a tudo alcançam nunca chegam ao cimo sem brilho, sem esmagar, insensíveis, aos que se arriscam a enfrentá-los.

Mas o homem medíocre, aquele da valsinha, também movido por indefinível energia, veleja em mares de exceção, mas sem fazer vibrar nenhum dos nossos sentidos ao ponto de desequilibrar até o momento em que se revela na plenitude. Chega a seu destino sempre por caminhos próximos da obscuridade. Sequer projeta sombras que provoquem algum temor. O iluminado arrisca, tem gestos vibrantes e sonoros que arrastam grupos, multidões, sempre na iminência de se desintegrar. No entanto, é aquela criatura que dança a valsinha a que mais surpreende com planos faustianos alimentados por frustrações pequenas, imperceptíveis.

E a mulher? Ah, a mulher! Mesmo ao correr todos os riscos, chego a crer ser ela que, com dolo, ativa esse feixe que incendeia o cérebro e o coração dos homens, pondo em fuga os que tem luz, tornando cativos e indefesos os medíocres. Reina em silêncio sonoro com um toque de mistério oculto no fluxo de seus olhos, por vezes, luminosos e frios, ou no simples gesto de olhar e fingir não ver. É tudo simples. Tão simples que o homem fascinado desgoverna-se sem conseguir definir onde foi atingido. Persigna-se ou agride para destruir pensando em construir. É o sangue passional. Ainda assim, a mulher sempre merecerá o meu perdão, embora ela jamais necessite dele".

Este jornalista, cujos textos acompanho há algum tempo, tem na sua árida área de atuação um estilo próprio. Bom em tecer a prosa poética aliada ao jornalismo policial/criminal.

Os 3 primeiros parágrafos nos induzem à compreensão do comportamento do ser humano- homens e milheres-, aquele que vive ao sabor dos acontecimentos. A partir do 4º, entretanto, instaura-se, sutilmente, uma referência ao gênero masculino e estabelece uma diferença entre os homens medíocres e os iluminados.

No último parágrafo, fica clara a intenção do autor: Os homens e mulheres são diferentes, mas há " dolo" na existência do feminino, isto é, só a mulher age com astúcia, má fé e premeditadamente. Será que, na visão do jornalista Wanderley Soares, é a mulher a causadora dos crimes passionais e que só os homens medíocres são induzidos por ela?

Eu apenas compreendo homens e mulheres seres sujeitos a igual emoção humana, mas aderindo à obtusidade: pergunto será o caso de piedade para os homens que sentem medo de amar e serem traídos? Será o caso de piedade para os homens que, dolosamente, seduzem somente pelo prazer da sedução e jamais se doam por insegurança?

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Chico Buarque tinha e tem razão ao dizer" há dias que a gente se sente com quem partiu ou morreu". Hoje é um destes dias, esquecemos as realizações positivas e só as negativas surgem e aí começa o por quê? O para quê? Nestes dias, é melhor fugir das respostas porque só surgirão os vazios de nossas (ex)tintas esperanças, não há cor que exprima este estado d'alma. É o vazio, o oco e o eco de recomeçar.

domingo, 22 de maio de 2011

Imaginação


Era uma vez uma menina. Poderemos de chamá-la de Sônia, Lígia, Maria, Solange, Tereza, Regina... o nome não importa. Esta menina adorava tangerina, gostava tanto que comia até os caroços da fruta. Os pais, os avós advertiam-na: "Menina, não coma os caroços! Isso faz mal, vai nascer um pé de tangerina na seu estômago".
Bastava essa advertência e ela viajava na imaginação. Quanto mais a repreendiam, mais ela comia o "fruto proibido" -o caroço. Sonhava-se um pé de tangerina. Via as folhas, os galhos, as frutas saindo pelas orelhas, narinas, boca e dedos. O cheiro e o sabor da fruta a conduziam na viagem e pensava: " Só assim não preciso esperar que a comprem". Ia além na viagem: " Não é preciso pegar no pé, eu pego em mim mesma".
A menina tornou-se mulher, ainda sonha, não mais em ser um pé de tangerina, sonha o sonho de poder imaginar um mundo de paz.
Ficou-lhe, contudo, uma lição: proibir e ameaçar são atitudes que levam ao desafio do sonhar. E sonhar e imaginar nós podemos e devemos.